terça-feira, 8 de novembro de 2011

A FONOAUDIOLOGIA E A ATUAL POLÍTICA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA


A  fonoaudilogia vem contribuindo decisivamente com o processo de inclusão, através dos recursos da comunicação alternativa e aumentativa, ferramentas que auxiliam muitas crianças e jovens a desenvolverem as habilidades necessárias à comunicação o que favorece seu desenvolvimento escolar e social, cognitivo e emocional.
Com experiência de 18 anos de trabalho na APAE Garanhuns observamos de forma  longitudinal a necessidade dos fonoaudiólogos aterem-se a comunicação como um processo, que envolve relações, interações, necessidades e motivações a forma utilizada pode ser a oral, gestual, alternativa ou aumentativa.
Temos como função específica observar e identificar as barreiras que impedem ou dificultam de comunicar, para que possamos estimular e desenvolver as habilidades trazidas pela criança ou jovem e experimentarmos qual tipo de comunicação será mais viável para ele lembrando que esta opção é algo momentâneo e que durante o percurso poderá ser mudada ou completada. O autismo, a deficiência auditiva, alguns tipos de paralisia cerebral ou deficiência múltiplas são exemplos, dentre outros, em que a linguagem oral não é uma habilidade e tem poucas chances de desenvolvemento funcional. Sendo necessário nestes casos a intervenção do fonoaudiólogo, profissional, da comunicação que percebe o processo necessário para desenvolvimento da capacidade de transmitir pensamentos como algo bem mais complexo do que apresentação de figuras. é necessário a percepção de como as informações são processadas e reelaboradas.
O uso da comunicação alternativo ou aumentativa tira estes indivíduo do isolamento social, permitindo interações e abrindo portas da aprendizagem, através do domínio de uma forma de comunicação.
A atual política de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, envolvem o trabalho fonoaudiológico como parceria com a saúde, na qual nós iremos observar, avaliar, identificar e implantar a melhor forma possível de comunicação de acordo comas possibilidades da criança e do seu meio.
Esta análise será socializada com o professor do atendimento educacional (AEE), que desenvolverá recursos necessários a sua utilização na sala do AEE, na sala regular, na escola, enfim, na sociedade, proporcionando ao aluno a efetividade da sua inclusão e respeito às suas diferenças.

Célia Barbosa souza
Fonoaudióloga
APAE Garanhuns - PE